quinta-feira, 27 de agosto de 2009

“Quando a história é interessante, a verdade não é importante” - Tom Zé (compositor e cantor)

SOB O SIGNO DA FRAGILIDADE...É PRECISO SER FORTE PARA SER FRÁGIL...








Como homem ciumento eu sofro quatro vezes: por ser ciumento, por me culpar por ser assim, por temer que meu ciúme prejudique o outro, por me deixar levar por uma banalidade; eu sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.
Roland Barthes





A vida é também para ser lida. Não literalmente, mas em seu supra-senso. E a gente, por enquanto, só a lê por tortas linhas
Guimarães Rosa

OPER-AÇÃO ABRAÇO


Amor é síntese. É uma integração de dados. Não há que tirar nem pôr. Não me corte em fatias. Ninguém consegue abraçar um pedaço. Me envolva todo em seus braços. E eu serei o perfeito amor

MÁRIO QUINTANA


«(...) O termo "complexo" deve ser entendido no sentido original, que significa "aquilo que forma um conjunto". "Complexo" é, portanto, abraçar, dar um ABRAÇO.»

O pensar complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade.


C. E. JOSE MARTI; NÓS ACENDEMOS A LUZ DA NOITE


Bons professores possuem metodologia,

professores fascinantes posssuem sensibilidade


Cury

terça-feira, 18 de agosto de 2009

LÍNGUA: RESULTADO DE QUEM A FALA E A ESCREVE

BABEL, UMA ALEGORIA PRIMORDIAL E SEMINAL
A maior aventura de um ser humano é viajar,


E a maior viagem que alguém pode empreender


É para dentro de si mesmo.


E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,


Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,


Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas.


E descobrir o que as palavras não disseram...

Augusto Cury


Tem palavra


Tem palavra que não é de dizer


Nem por bem nem por mal


Tem palavra que não é de comer


Que não dá pra viver com ela


Tem palavra que não se fala


Nem prum animal


Tem palavra louca pra ser dita


Feia, bonita


E não se fala


Tem palavra pra quem não diz


Pra quem não cala


Pra quem tem palavra


Tem palavra que a gente tem


E na hora H


Falta

Música: Marcelo Calderazzo - Letra: Alice Ruiz




LÍNGUA: IRREFUTAVELMENTE, PRODUTO E CONDIÇÃO DA VIDA SOCIAL
LJD

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TRABALHADOR DO MANGUE: HOMEM-CARANGUEJO (NÃO) CAIU NA "REDE"...


CORPO DE LAMA
Este corpo de lama que tu vê
é apenas a imagem que sou
este corpo de lama que tu vê
é apenas a imagem que é tu
[...] eu caminho como aquele grupo de caranguejos
ouvindo, a música dos trovões
[...] há muitos meninos correndo em mangues distantes
[...] essa rua de longe que tu vê
esse mangue de longe que tu vê
é apenas a imagem que é tu
(Chico Science,CSNZ, 1996)



A linguagem rompe a realidade opressora, por uma re-vira-volta cultural, política, social; dessa linguagem poderosa, transformadora, inovadora, diz-nos Foucault:


A façanha de ser prova: consiste não em triunfar realmente – é por isso
que a vitória não importa no fundo -, mas em transformar a realidade
em signos. Em signo de que os signos da linguagem são realmente
conforme às próprias coisas [...] o poeta é aquele que, por sob as
diferenças nomeadas e cotidianamente previstas, reencontra os parentes subterrâneos das coisas” (FOUCAULT)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A CURIOSIDADE, ABSURDAMENTE FANTÁSTICA...VIDA




A aprendizagem lúdica e curiosa

Vem, cara, me retrate
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte.





(Não) Só Por Curiosidade...

Observar é dar chance a curiosidade
E, portanto, possibilitar a descoberta
Se não, a redescoberta
É dar chance ao verdadeiro sentido da vida:
Acontecer, ser, viver, com-viver
E não morrer...ad-infinitum...
LJD

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

TRABALHAR, VERBO TRANSITIVO ( intertítulo do PPP do CE JOSE MARTI )

HEFESTO NA FORJA
Deus grego do fogo e, sobretudo, das ferrarias. Os romanos o identificaram com Vulcano; personifica a inventividade e a criatividade; o arquétipo de Hefesto está no âmago de um profundo instinto de trabalho e de criação a partir da "forja da Alma".
Esse Desemprego!

Meus senhores, é mesmo um problema

Esse desemprego!

Com satisfação acolhemos

Toda oportunidade

De discutir a questão

Quando queiram os senhores!

A todo momento

Pois o desemprego é para o povo

Um enfraquecimento.

Para nós é inexplicável

Tanto desemprego.

Algo realmente lamentável

Que só traz desassossego.

Mas não se deve na verdade

Dizer que é inexplicável

Pois pode ser fatal

Dificilmente nos pode trazer

A confiança das massas

Para nós imprescindível.

É preciso que nos deixem valer

Pois seria mais que temível

Permitir ao caos vencer

Num tempo tão pouco esclarecido!

Algo assim não se pode conceber

Com esse desemprego!

Ou qual a sua opinião?

Só nos pode convir

Esta opinião: o problema

Assim como veio, deve sumir.

Mas a questão é: nosso desemprego

Não será solucionado

Enquanto os senhores não

Ficarem desempregados!

Bertolt Brecht

PALAVRA DE HONRA!!! PALAVRA QUE HONRA...PALAVRA, QUE HONRA!!!


Uma Palavra
Palavra prima

Uma palavra só, a crua palavra

Que quer dizer
Tudo

Anterior ao entendimento, palavra
Palavra viva

Palavra com temperatura, palavra

Que se produz

Muda

Feita de luz mais que de vento, palavra
Palavra dócil

Palavra d'agua pra qualquer moldura

Que se acomoda em balde, em verso, em mágoa

Qualquer feição de se manter palavra
Palavra minha


Matéria, minha criatura, palavra

Que me conduz

Mudo

E que me escreve desatento, palavra
Talvez à noite

Quase-palavra que um de nós murmura

Que ela mistura as letras que eu invento

Outras pronúncias do prazer, palavra
Palavra boa

Não de fazer literatura, palavra

Mas de habitar

Fundo

O coração do pensamento, palavra
Chico Buarque
Uma palavra posta fora do lugar estraga o pensamento
mais bonito
Voltaire

domingo, 9 de agosto de 2009

“ESCULTURAS PÚBLICAS”, QUE DIALOGAM E FAZEM PARTE DA PAISAGEM URBANA,UM “MERGULHO NA NATUREZA”; À LUZ DA PARTILHA DO SENSÍVEL

Umbigo da Terra I, escultura pública, em ágata, granito e cristais leitosos de quartzo; obra de Denise Milan, 1999 - Jardim das Esculturas - Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

América
A pedra partiu,
a Terra se abriu
E do seu interior
jorrou um caldo cósmico
cozido com as entranhas do universo
.Rugas aquecidas,de origens esquecidas,
se ergueram.
Jogaram para um dos cantos
a parte da pedra, que hoje se diz América.
Para o outro, a que se diz África.
O fundo dos oceanos
ciscou a superfície.
No Sul, estrelas de silício
ficaram suspensas
nos subterrâneos da noite basáltica,
a orientar os desnorteios
da humanidade vindoura.
No Norte, os picos
de enormes montanhas submersas
despontaram como falos e seios.
Findo o vulcanismo sideral,
o erotismo refreou-se.
De Leste a Oeste,
as pedras transmitiram
os sentidos das profundezas,
escondidos pelas camadas civilizatórias.
Mandala de memórias da Terra,
arcaicas e futuras



a percorrer e ser percorrida
pelo espaço infinito.
E se... as águas juntassem as terras.
Primeiro, África e Américas
se encontrassem no espaço.
Depois,
todas as nações se aproximassem
com consciência
de serem
uma única,
enorme pedra azul.
A Terra.
Denise Milan

CONTRASTES E CONFRONTOS, UMA METÁFORA DE ...


NÓS MESMOS, ”ESTRANGEIROSNO ESPAÇO PÚBLICO, DE CIMENTO "ARMADO"...

EM NOVEMBRO DE 2009, VINTE ANOS DA QUEDA DO MURO DE BERLIM, QUE DIVIDIA A ALEMANHA ENTRE CAPITALISMO E SOCIALISMO ( EUA E UNIÃO SOVIÉTICA)

A DIVISÃO DA ALEMANHA: DE 1945 A 1989; MAS É EM 1961 QUE , PEDRA SOBRE PEDRA, O MURO PASSA A SELAR A DIVISÃO DA ALEMANHA

EM 1989, FOI DERRUBADO O MURO, DELE FICOU A HISTÓRIA, ECOS DA EXCLUSÃO, MARCAS NOS CORPOS E NAS ALMAS DE UMA PARTE DA HISTÓRIA DO POVO ALEMÃO

ONDE ESTAVA O MURO, PARALELEPÍPEDOS , HOJE, DE-MARCAM O CHÃO, NÃO MAIS SEGREGANDO, DIVIDINDO; OUTROSSIM, RE-ACENDENDO, SEMPRE, A LUZ DA UNIÃO, COMO DESEJAM OS ALEMÃES

UM DOS MOMENTOS HISTÓRICOS MAIS IMPACTANTES DO SÉC. XX, O MURO DE BERLIM,VINTE ANOS DEPOIS DA QUEDA , VIRA SÍMBOLO DE TOLERÂNCI A

REZA A LENDA, QUE ERAM DOIS MUROS EM PARALELO; APÓS BERLIM TER CONSTRUÍDO O MURO, A ALEMANHA ORIENTAL CONSTRUIU, PARALELAMENTE , AO “MURO DE BERLIM”, UM MURO ; ENTRE ELES, FICAVA O “CORREDOR DA MORTE”; ATRAVESSÁ-LO ERA ENFRENTAR AS ARMADILHAS, AS BALAS QUE DEITAVAM AO CHÃO, PARA SEMPRE,OS QUE CRIAM PODER REALIZAR TAL TRAVESSIA, OU SERIA UMA DELIBERADA OPÇÃO DOS “FUGITIVOS” PELA MORTE?!



MURO DE BERLIM
NÃO , NÃO ERA UM MURO ALTO , REAL-MENTE,
À VERDADE DOS OLHOS,MAS...
ERA ALTO, “SABIA-SE” MUITO ALTO,
VIRTUAL-MENTE
IMPONENTE, ABSOLUTO NA PAISAGEM
A NATUREZA SUBJUGADA PELO CONCRETO E MASSA
VILIPENDIADA, TRIPUDIADA, MAS NADA É PARA SEMPRE IGUAL
E QUAL FORÇA QUE DA POESIA EMANA
COMO JÁ PROFERIA GUIMARÃES ROSA:
“ – ABRE-TE, CÉSAMO,...E A PEDRA SE ABRIU
.”
LJD

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

NATUREZA "NATURANTE" E INCLUSÃO,"HOSPITALIDADE INCONDICIONAL"

NINHO DE POMBA-ACOLHIDO, E ACOLHEDOR - EM BANANEIRA !!!

Jacques Derrida, De L´Hospitalité
Sou a favor do cosmopolitismo, mas preferiria chamar isso de outro modo, porque o cosmopolitismo na tradição cristã, paulina, assim como na tradição kantiana, é sempre uma mundialidade dos cidadãos, uma politização cosmopolítica, a dos cidadãos do mundo. De minha parte, sou a favor - situo isso nos “Espectros de Marx” - de uma solidariedade mundial que não seja simplesmente uma solidariedade entre os cidadãos, mas que poderia ser também uma solidariedade dos seres vivos, não constituindo justamente, em primeiro lugar, uma política dos cidadãos. Por isso me sinto pouco à vontade com a palavra política, utilizo-a com a condição de poder precisar tudo o que acabo de referir.

(...)Compartilho com outros a preocupação com a hospitalidade e as notícias sobre o drama dos estrangeiros, dos imigrados, dos exilados. Tento pensar uma hospitalidade incondicional que não esteja ligada à cidadania. Existem leis da hospitalidade ligadas à cidadania; Kant, por exemplo, quando fala do tratado da paz universal, pensa numa hospitalidade de cidadão para cidadão. Mas hoje devemos nos preocupar com pessoas que são lançadas fora de seus países, sem cidadania, e que não são respeitadas como cidadãos. É preciso pensar numa hospitalidade não mais voltada somente para cidadãos, porém que se dirija a qualquer um (...) o estrangeiro, o imigrado, o exilado etc. Todos os que, desde pelo menos a primeira guerra mundial, foram lançados na estrada do mundo: milhões de deportados, pessoas deslocadas, imigradas à força. Há pessoas sem estatuto... Sem documento...sem estatuto político, sem identidade nacional (...)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PROFUSÃO DE SENTIDOS, SENTIMENTOS DO VASTO MUNDO


SOLANO TRINDADE - foto: J. B. Orerillo




GRAVATA COLORIDA
Quando eu tiver bastante pão

para meus filhos

para minha amada

pros meus amigos

e pros meus vizinhos

quando eu tiver

livros para ler

então eu comprarei

uma gravata colorida

larga

bonita

e darei um laço perfeito

e ficarei mostrando

a minha gravata colorida

a todos os que gostam

de gente engravatada...

QUÂNTICO TEMPO...

O 7º DIA DO RELOJOEIRO, FOTO-ARTE DE José d' Almeida & Maria Flores




Medo da Eternidade
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: - Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.
- Não acaba nunca, e pronto.
- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.
- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.
- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
- Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
- Acabou-se o docinho. E agora?
- Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. In: A descoberta do mundo
[...] Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo, longínquo [...]
Álvaro de Campos


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO CONTROLADO !!!


Da Sociedade Disciplinar à sociedade de Controle...

Do filósofo Gilles Deleuze sobre o trabalho de Michel Foucault; as recentes tecnologias de controle

Enfim, "trocando em miúdos(0u antes, para os "miúdos",ou, se não, para os "pequeninos", diríamos:

Sociedade de Controle = Sociedade do "mostra e esconde"..."sombras nada mais..."(?!)

LJD

COISA LINDA, MARAVILHOSAMENTE BELA...

FOTO DE BRUNO ABREU
IRREFUTAVELMENTE, PROVA CABAL, DA COMPREENSÃO DA INTEGRALIDADE DO UNIVERSO..."SEM PALAVRAS"...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

VIDA, VIDA ROTINEIRA, COTIDIANA, MAS, SEMPRE, DIFERENTE

Day in the Life of a Boy
by
Norman Rockwell

A IMENSURÁVEL CAPACIDADE EVOCATIVA DA FOTOGRAFIA



Obra do Fotógrafo norte-americano Paul Strand

A intrigante fotografia intitulada "Young boy" foi feita em 1951, durante uma viagem à cidade de Gondeville, na França. Essa imagem foi amplamente discutida nos meios intelectuais, que a consideram como um dos grandes portraits do Século XX


O repórter da France-Culture Michel Boujut resolveu investigar o destino desse jovem. A única pista era a legenda da foto deixada por Paul Strand. O repórter viajou para Gondeville, onde conseguiu localizar a irmã. Dessa forma, a identidade do jovem foi revelada, trata-se de Claude Grigalvas, serralheiro, cinco filhos e aposentado. O Cerco foi se apertando, até que o repórter conseguiu enfim localizá-lo num modesto conjunto habitacional nas proximidades de Paris. O sinal dos tempos se expressava no rosto de Claude Grigalvas. Depois de vencer a sua resistência, ele não queria dar entrevista, ele disse que se lembra muito bem dessa foto em que ele foi forçado pelo pai a posar, contrariado por perder a pescaria. Ele se emociona ao lembrar desse Momento:


“ - Esse meu olhar na foto me angustia, eu era rebelde, eu poderia ter sido feliz, mais isso não foi possível”.







PARA VOCÊ, ALUNO-TRABALHADOR, AQUI VAI MAIS ESSA HISTÓRIA DE VIDA, REITERANDO A NOSSA TÔNICA, JÁ LUGAR COMUM, MAS NÃO TÃO COMUM QUE SE FAÇA INDISPENSÁVEL; OUTROSSIM, AINDA OPORTUNO:
VOCE, FAZ A SUA HISTÓRIA !!!

ASSIM, "TE CHAMAMOS", ALUNO-TRABALHADOR., "TE E -VOCAMOS"




A-COR-DAR À VIDA...SONHO E (É) REALIDADE...


Poderemos nós vender
sonhos
em que não
acreditamos?
NUNO SOUZA, FOTÓGRAFO

A LUZ, O LUME


QUANDO VIVEMOS NA ESCURIDÃO,
A LUZ É POLUIÇÃO LUMINOSA
NUNO SOUZA, FOTÓGRAFO

.

PELO SONHO É QUE VAMOS, SEBASTIÃO DA GAMA


Não sou eu que me faço voar
O alto é que me voa
JORGE VERCILO

TODAS AS NOITES...TODAS AS GENTES

PENSAMENTO RE-COR-RENTE



NOITE LUA
NOITE ESTRELA
NOITE NUVEM
NOITE CLARA
NOITE ESCURA
NOITE... CE JOSE MARTI

LJD

Mãos

Côncavas de ter

Longas de desejo

Frescas de abandono

Consumidas de espanto

Inquietas de tocar e não prender

Sophia de Mello Breyner

FESTINHA...EH, EU...?!


AH, COM LICENÇA POÉTICA...!!!

(OU SERÁ LICENÇA "ÉTICA" ?!)



QUEM FAZ "FESTINHA" É A VOVOZINHA !!!


(RE-OCORRÊNCIA DE UM DITO , -E -FEITO , POPULAR)
MAS...
No fundo de tudo há a ALELUIA
Clarice Lispector

CANTAR. SEDUZIR...

Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar...

Quem canta seus males espanta
Lá em cima do morro ou sambando no asfalto...
Martinho da Vila



SEDUZIR
Cantar, é mover o dom do fundo de uma paixão
Seduzir, as pedras, catedrais, coração
Amar, é perder o tom nas com as da ilusão
Revelar, todo o sentido
Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo
DJVAN




CANTA... EN – CANTA...
POR TODOS OS EN-CANTOS
CANTA... EN – CANTA...

POR TODOS OS EN-CANTOS


“Canta uma canção bonita,
falando da vida em ré maior!”

OSWALDO MONTENEGRO
Tudo que eu quero é um acorde perfeito maior
com todo mundo podendo brilhar no cântico.
Canto somente o que não pode mais se calar...”

CAETANO VELOSO



“Canta uma canção bonita,
falando da vida em ré maior!”
OSWALDO MONTENEGRO
“Tudo que eu quero é um acorde perfeito maior
com todo mundo podendo brilhar no cântico.
Canto somente o que não pode mais se calar...”

CAETANO VELOSO