SERTÃO -SERTÕES-referências às áreas mais diversas, estende(m)-se pelo nosso Brasil afora, por áreas tão distintas quanto imprecisas: Goiás, Mato Grosso, Bahia, Sertão Amazônico, Sertão do Interior Paulista("caipira"); enfim, o Sertão Nordestino, e..."caminhando e cantando"....é errância triste e feliz pelos nossos Sertões
SERTÕES: ESPAÇOS DE CARÊNCIAS E/OU PLENITUDES, PARADOXOS DOS MAIS BELOS, DOS MAIS TRISTES, NOSSOS SERTÕES,"NOSSOS CLAROS-ESCUROS"...NOSSA DIALÉTICA (LJD)
O MUNDO DO SERTÃO
Diante de mim, as malhas amarelas do mundo,
Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
Ariano Suassuna
SERTÕES: ESPAÇOS DE CARÊNCIAS E/OU PLENITUDES, PARADOXOS DOS MAIS BELOS, DOS MAIS TRISTES, NOSSOS SERTÕES,"NOSSOS CLAROS-ESCUROS"...NOSSA DIALÉTICA (LJD)
O MUNDO DO SERTÃO
Diante de mim, as malhas amarelas do mundo,
Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
Ariano Suassuna
Pelo Sertão não se tem como
não se viver sempre enlutado
;lá o luto não é de vestir
é de nascer com, luto nato.
Sobe de dentro, tinge a pele
de um fosco fulo: é quase raça;
luto levado toda a vida
e que a vida empoeira e desgasta.
E mesmo o urubu que ali exerce,
negro tão puro noutras praças,
Quando no Sertão usa a batina
negra-fouveiro, pardavasca.
João Cabral de Melo Neto
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