NOS
DES-ENREDOS DA VIDA, AS TRAMAS DA
ESCOLA, DES-A- FIAMOS ... “UM GRITO, UM DESABAFO...E O QUE IMPORTA É NÃO ESTAR VENCIDO”
Tomo emprestado os versos de João Cabral de Melo Neto, oferecendo-os
àqueles que con-firmam, em palavras e
ações, a criação , com o trabalho de
ferreiro que forja, com luta, com fé, a
sua obra, autêntica, original, identitária, obra com as marcas de sua mãos.
Esses são professores-educadores, “docentes
da diferença”, porque com eles, entre eles, estão os paradigmas emergentes,
“receitas humildes”, à medida da
grandeza humana, grandiosidade
O
FERRAGEIRO DE CARMONA
João Cabral de Melo Neto
Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
"Aquilo? É de ferro fundido,
foi a forma que fez, não a mão.
que me informava de um balcão:
"Aquilo? É de ferro fundido,
foi a forma que fez, não a mão.
Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro
então, corpo a corpo com ele,
domo-o, dobro-o, até o onde
quero.
que é quando se trabalha ferro
então, corpo a corpo com ele,
domo-o, dobro-o, até o onde
quero.
O ferro fundido é sem luta
é só derramá-lo na forma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.
é só derramá-lo na forma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.
Existe a grande diferença
do ferro forjado ao fundido:
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.
do ferro forjado ao fundido:
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.
Conhece a Giralda, em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro dos quatro jarros das esquinas?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro dos quatro jarros das esquinas?
Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra
língua.
Nada têm das flores de forma,
moldadas pelas das campinas.
Flores criadas numa outra
língua.
Nada têm das flores de forma,
moldadas pelas das campinas.
Dou-lhe aqui humilde receita,
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.
Forjar: domar o ferro à força,
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor
Se flor parece a quem o diga
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor
Se flor parece a quem o diga
Sejamos , professores-educadores, “gestores –ferreiros de ferro forjado” , de paradigmas emergentes. Para tanto, e tão pouco, sejamos agentes-partícipes e líderes do forjamento livre de ranços, passadiços paradigmas, excludentes, refutando as visões simplistas que opõem as múltiplas linguagens à realidade escolar
LJD
O PENSAMENTO SEM A INVENÇÃO NÃO CONTA, POIS
APENAS COPIA E REPETE. A INSPIRAÇÃO NÃO OCORRE JAMAIS SEM A TRANSPIRAÇÃO
SERRES, MICHEL
OS PROTAGONISTAS DO NOVO PARADIGMA CONDUZEM
UMA LUTA APAIXONADA CONTRA TODAS AS FORMAS DE DOGMATISMO E AUTORIDADE
BOAVENTURA DE SOUZA
SANTOS
Enfim, deixo as palavras
de Lygia Clark, posto que confiamos à
professora-educadora, agora, nossa
tutora , Esther Lück, , nossa profissionalidade e pessoalidade, binômio indissociável, para quem “prefere plantar carvalhos à
eucaliptos”, por que ascendemos em
paradigmas emergentes, tecendo diálogos, forjando pontes, entusiastas de disposições
ético-estético-afetivas: “Forjar: domar o ferro à força/não até uma flor já
sabida,/mas ao que pode até ser flor/ se flor parece a quem o diga”
LJD
LYGIA CLARK
NÃO, NÃO FOI HÁ MUITO TEMPO...OUTROSSIM, MUITO, MUITO, RECENTEMENTE...ACONTECEU, MINHA GENTE, UM DIA BEM DIFERENTE...
Respeitosamente e carinhosamente
Lucia de Jesus Duarte
Diretora do Colégio Estadual Jose Marti
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