quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ÁFRICA: SER-TÃO, (R)E(S)(X)ISTIR -TANTO...


Introdução de História e Cultura Africana e Afro-brasileira no currículo escolar


 
PROPOSTA AFRO-PEDAGÓGICA 2013;
ÁFRICA: UM CONTINENTE DE CORAGEM

Àfrica deixa anar una llàgrima,
per cada nou cos que apareix a Lampedusa,
per cada mare impotent que veu com les mosques es mengen als seus fills,
per cada absurda ablació, per cada nou nen militar, per cada inhumana lapidació ...--------------.
Com Pep Pérez.

África cair uma lágrima,
para cada novo corpo que aparece em Lampedusa,
para cada mãe indefesa, que parece que as moscas vão comer seus filhos,
para cada absurdo, para cada ablação novo filho de militar, para cada apedrejamento desumano...
--------------
África deixa cair uma lágrima,
Temo cada nuevo cuerpo aparece em Lampedusa, temer cada mãe Allen que vem como las moscas se começa a sus hijos, por cada absurdo ablación, temo cada novo militares, cada niño de medo desumano lapidación...
(Pep Pérez)

 

 



 

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

C.E. JOSE MARTI, VEREDAS DAS NOITES...


C.E. JOSE MARTI,
COM-
PAIXÃO E
RAZÃO, A-FEIÇÕES
POR (DE) TODAS
AS PESSOAS





C. E. Jose Marti: a educação pela “galanteria da convivência”, sem desvãos, “sem fados e sinas” maculadores e obstaculizadores da educação cidadã, pelos direitos e deveres que nos garantem um mundo de justiça e paz

C.E. Jose Marti: em construção permanente, em Dis-cursos,  porque é escola viva, fluidos, que não se paralisam, para se re-unirem em fruição, não se conformam, para o diálogo com o mundo, onde estamos estudando, trabalhando, crendo que um mundo melhor é possível, solidariamente, co-labor-ativamente

 C.E.JOSE MARTI:“EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE” , PARA A CIDADANIA, REJEITANDO AS VELHAS “CARTILHAS MODELOS”; OUTROSSIM, A EDUCAÇÃO LIVRE E EXIGENTE, SEGUINDO O FLUXO DA VIDA, FLUINDO EM PLURALIDADES DE IDEIAS, DE FALARES, “PALAVRAS LIVRES”, TOMANDO DIFERENTES CAMINHOS, NOS "DIS-CURSOS" DO “HOMEM, QUE NASCEU PROGRAMADO PARA FALAR” E O FAZ SEGUNDO EXPERIÊNCIAS VIVIDAS , SABERES, ATRAVÉS DE DIS-CURSOS DAS PRÁTICAS SOCIAIS, REFERIDOS CONTEXTOS E CIRCUNSTÂNCIAS. QUEREMOS E FAZEMOS  A  ESCOLA CRITICA, REFLEXIVA, CIDADÃ, NOS TERMOS DA “EDUCAÇÃO PARA-POR- TODOS”
LJD

EM TODA PARTE, SÓ SE APRENDE COM QUEM SE AMA
GOETHE

 

domingo, 27 de outubro de 2013

ENEM 2013- REDAÇÃO: "A LEI SECA"


Enem 2013 – Tema da Redação Enem fala sobre a Lei Seca no Brasil

27 de outubro de 2013


OS TEMAS DE REDAÇÃO DE TODAS AS EDIÇÕES DO ENEM
ANOTEMA ANOTEMA
1998Viver e aprender2006O poder de transformação da leitura
1999Cidadania e participação social2007O desafio de se conviver com as diferenças
2000Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional2008Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar
2001Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?2009O indivíduo frente à ética nacional
2002O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?2010O trabalho na construção da dignidade humana
2003A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo2011Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
2004Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação2012Movimento imigratório para o Brasil no século 21
2005O trabalho infantil na sociedade brasileira2013Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
 
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/enem


 
E, A PROPÓSITO...

Como escrever, segundo Graciliano Ramos

“Quem escreve deve ter todo cuidado para a coisa não sair molhada. Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Naquela maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício.
Elas começam com uma primeira lava. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Depois colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.
Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer”.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SAERJ: PROVA DE CIDADANIA A TODA PROVA!!!


 
 
Quinta-feira, 31/10/13, tem SAERJ?! Tem, sim senhor!!! E o SAERJ, o que é? É Prova A Toda Prova de  Cidadania!" – Vai melhorar nossas escolas? Vai, sim, senhor! O SAERJ vai  mesmo fazer a diferença na qualidade da educação , no cotidiano do trabalho escolar?!  Vai, sim senhor ! E o SAERJ, o que é? É Educação Para (Por) Todos, sim, senhor!!!


QUERIDOS ALUNOS DAS TURMAS 3001, 3002 E 3003 E DAS TURMAS DO  PAEM 4 ESSA AVALIAÇÃO É ESPECIAL PARA VOCÊS, QUE RESPONDERÃO PELA EDUCAÇÃO QUE TEMOS, SE PRÓXIMA , OU QUÃO DISTANTE, DA EDUCAÇÃO QUE IDEALIZAMOS; PORTANTO, ESTAMOS JUNTOS, “AVALIANDO-NOS”!!!
 

CORDIALMENTE,


A DIREÇÃO DO C. E. JOSE MARTI

Lúcia Duarte

 

 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

MATRÍCULA 2014- C. E. JOSE MARTI: ÉTICA, COMPETÊNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL


FAÇA SUA MATRÍCULA NO C. E. JOSE MARTI, A SUA  ESCOLA DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO

COLÉGIO ESTADUAL JOSE MARTI
ENDEREÇO: AVENIDA PROFESSOR PLÍNIO BASTOS- 631 - OLARIA – Tel.: 23347528

ACESSE O NOSSO BLOG E CONHEÇA-NOS MAIS E MELHOR, DISTINGUINDO-NOS!


BLOG : http://cejosemarti.blogspot.com

MATRÍCULA FÁCIL PARA...

_AS TRÊS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO REGULAR( A 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO REGULAR)

E


_PROGRAMA AUTONOMIA- Módulo I do Projeto Autonomia Ensino Médio (Não Seriado)


FAÇA SUA INSCRIÇÃO NO SITE  MATRÍCULA  FÁCIL: www.matriculafacil.rj.gov.br.  
A PARTIR DO DIA 29 DE OUTUBRO

A  SECRETARIA DO COLÉGIO ESTADUAL JOSE MARTI ESTÁ ABERTA, DIARIAMENTE, DE SEGUNDA À SEXTA –FEIRA, DAS 17 HORAS ÀS 22 HORAS. PROCURE-NOS, TRAZENDO SEUS DOCUMENTOS; AQUELES NECESSÁRIOS À AVALIAÇÃO DE SUA SITUAÇÃO ESCOLAR. NÓS O AJUDAREMOS  A “RE-INGRESSAR NA ESCOLA”.

VENHA  PARA A NOSSA “GALANTERIA DO CONVÍVIO”, UM PROJETO DE NOSSA ESCOLA SÓCIO–INCLUSIVO , PELA- E PARA- A CIDADANIA PLENA ; COM ÊXITO,  CONSOLIDANDO  A  EDUCAÇÃO PARA (POR) TODOS NÓS!!!

C. E. JOSE MARTI : ENSINAR E APRENDER É O JEITO MAIS NOBRE DE VIVER!!!

 


 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ENEM 2013; A EDUCAÇÃO É UM DOS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PARA O EFETIVO E EFICAZ EXERCÍCIO DA CIDADANIA


ENEM/ 2013: UMA POLÍTICA AFIRMATIVA DE INCLUSÃO!


Dia 26 de outubro - tempo de prova: 4h30
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

 

Dia 27 de outubro - tempo de prova: 5h30
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

QUERIDOS ALUNOS, FIQUEM ATENTOS E CALMOS, CREIAM NO  POTENCIAL DE ESTUDANTE, DE CIDADÃO  "ANTENADO COM O MUNDO", INFORMADO, EM COMUNICAÇÃO E, PORTANTO, COMUNICANDO  SEUS SENTIMENTOS, SUAS IDEIAS, SEUS DESEJOS; EM SUMA, SUAS INFORMAÇÕES, SEUS CONHECIMENTOS ECLODINDO EM PALAVRAS, NO ENEM 2013!
 
AS PORTAS ESTÃO ABERTAS PARA O SEU INGRESSO NA UNIVERSIDADE...VOCÊ  ESCREVE A SUA HISTÓRIA E  O C. E. JOSE MARTI, A "ESCOLA-DA-NOITE", ESTÁ COM VOCÊ
A DIREÇÃO DO C E JOSE MARTI
LÚCIA DUARTE

sábado, 19 de outubro de 2013

"Entrai, irmãos meus!". "Meu tempo é quando"...


Centenário Vinícius de Moraes

(1913-80)









sábado, 19 de outubro de 2013

”Louco amor meu, que quando toca, fere, e quando fere vibra, mas prefere ferir a fenecer - e vive a esmo. Fiel à sua lei de cada instante, desassombrado, doido, delirante, numa paixão de tudo e de si mesmo.” ( Vinicius de Moraes )

"O ano é de 1913, madrugada de 19 de outubro, forte temporal no bairro da gávea, Rio de Janeiro. Assim nasce o Poetinha, apelido do diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro Vinicius de Moraes."

Nasce, em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro de 1913, no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, na Gávea, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. São seus pais d. Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, este, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.

Vinícius de Moraes foi diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Sua obra é vasta e passa pela literatura, pelo teatro, pelo cinema e pela música. No campo musical, o “poetinha” teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

SUA PRIMEIRA POESIA OSCILA ENTRE O ROMANTISMO E O SIMBOLISMO

A produção poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como  em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese". A segunda fase, vai ao encontro do cotidiano,   ressaltando a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".Sua primeira poesia oscila entre o romantismo e o simbolismo, com versos quase eróticos, mas sempre castigados por um cristianismo culpado...

A  RELIGIOSIDADE E A CULPA SE CONVERTERAM EM EROTISMO ASSUMIDO E EM LIBERDADE CRIATIVA

Mais tarde, em outra fase, a  religiosidade e a culpa se converteram em erotismo assumido e em liberdade criativa

Vinicius ficou conhecido como um dos poetas brasileiros que mais conseguiu traduzir em palavras o sentimento do amor, tornando-se assim um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Produziu os sonetos mais conhecidos da Literatura Brasileira, e escreveu belíssimos  poemas infantis em meados de 1970, (1970-Lançamento do livro “A Arca de Noé” (poesia infantil))

“Nosso Poeta do Amor” também se inclinou para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção

Aquarela


Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul

Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)

 O operário em construção

Rio de Janeiro , 1959


E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8. 

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DO GRUPO DE ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA ESCOLAR DO C E JOSE MARTI


                                                                                                GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

                                                                      SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

                                                          DIRETORIA  REGIONAL METROPOLITANA III

               COLÉGIO ESTADUAL JOSE  MARTI – U.E.  33069948   U.A. 181731


Tel:2334-7528 -   E-MAIL: colegioestadualjosemarti@gmail.com -    BLOG : http://cejosemarti.blogspot.com

 
RE-UNIÃO  DE ALUNOS E PAIS –RESPONSÁVEIS –DOS JOVENS E ADULTOS- ALUNOS-TRABALHADORES-  DO C. E. JOSE MARTI –  DA TURMA 2003/2013   

 
Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito:

precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram;(...)Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.

Clarice Lispector


Parafraseando nosso “Poetinha Camarada”, Vinícius de Moraes:
De tudo, uns aos outros  seremos  atentos
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto...
Para dizer do amor que temos
E por que somos responsáveis, escrevendo a nossa história, em companhia, para um mundo melhor , posto que é possível; por isso, aqui, estamos, na escola “como(na) vida”, por (para) cada um de nós, por(para) todos nós...
 
C.E. JOSE MARTI, A-FEIÇÕES...DE TODAS AS GENTES!!!
 
Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2013
Equipe Diretiva do C E Jose Marti

Lúcia Duarte

Diretora Geral da Unidade Escolar
 
 

 

C E JOSE MARTI: A ESCOLA EM MOVIMENTO, ÂNIMA



COLÉGIO ESTADUAL JOSE MARTI

CALENDÁRIO DO 4º BIMESTRE / 2013

4º BIMESTRE/2013 : De 14/10 a 20/12/2013

TOTAL DE DIAS LETIVOS= 47

  • SAERJINHO- 26 , 27 E  28 DE NOVEMBRO / 2013( 3ª, 4ª E 5ª FEIRA)

SAERJ: PROVA DE CIDADANIA A TODA PROVA!!!

  • ·       Avaliações do 3º Bimestre (AV3) – 18, 19, 20, 21 E 22 DE NOVEMBRO /2013( DE 2ª À 6ª FEIRA)

  • ·       PAP4/2013 – 12 DE DEZEMBRO/2013 (Quinta – Feira)

  • ·       AVE” – Avaliação Estratégica – 13 DE DEZEMBRO/2013 (6ª Feira)

  • ·       COC 4 – 16, 17 E 18 DE DEZEMBRO/ 2013 ( 2ª, 3ª E 4ª FEIRA)

 

TÉRMINO DO ANO LETIVO: 20 DE DEZEMBRO/2013( SEXTA-FEIRA)

RECESSO ESCOLAR: 23, 24 E 25 DE DEZEMBRO/2013 (2ª, 3ª E 4ª FEIRA)

RECESSO ESCOLAR: 30 E 31 DE DEZEMBRO/2013(2ª E 3ª FEIRA)

 

C.E. JOSE MARTI:UMA ORGANIZAÇÃO REFLEXIVO- APRENDENTE , O EQUILÍBRIO ENTRE AÇÃO INDIVIDUAL E AÇÃO COLETIVA

 

 

RIO DE JANEIRO, 14 DE OUTUBRO DE 2013 

 A EQUIPE DIRETIVA DO C .E. JOSE MARTI

 

Lucia de J. Duarte

Diretora Geral do Colégio Estadual Jose Marti