segunda-feira, 2 de maio de 2011

DO TEXTO AO METATEXTO; LINGUAGENS E METALINGUAGENS

ECLODE NA INTERNET O MOVIMENTO “DO MOVIMENTO DA POESIA”, EM PALAVRA, MOVIMENTO, SOM E COR



POESIA VISUAL: O TRIUNFO DAS IMAGENS E DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA (?! )


UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS ?!


A POESIA TERIA “EVOLUÍDO” DE SUA FORMA ORAL PARA A ESCRITA E DESTA PARA A IMPRESSA, ATÉ ATINGIR O ESTÁGIO DE SUA DIGITALIZAÇÃO E DIFUSÃO PELA WEB NOS TEMPOS ATUAIS.
POESIA VISUAL BRASILEIRA, ANTONIO MIRANDA


DO VERBO( VERBUM= PALAVRA) AO PIXEL

NOTA: um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de milhares de pixels formam a imagem inteira.


Etimologicamente, a palavra “palavra” tem raízes comum com a palavra “verbum”; daí , pode-se inferir da parábola bíblica: Deus criou o mundo nomeando-o, ou seja, pelo poder e força da palavra, “ele-Deus”- dominava as palavras, confundia-se mesmo com elas tamanha era seu domínio sobre a palavra; essa a seu serviço, ao seu desejo, ao seu querer, então, a “criação do mundo”. Não obstante, sabemos que a palavra- que é mistério e revelação – constrói e desconstroi, promove o bem e o mal, liberta ou aprisiona. Sobre esse universo da palavra incontáveis estudiosos já falaram, enfatizando as sutilezas, enredos e desenredos da palavra, em constante movimento:
NO PRINCÍPIO ERA O VERBO E O VERBO ERA DEUS E O VERBO ESTAVA COM DEUS E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS.( Parábola bíblica - JO 1:14)
NÃO EXISTE LINGUAGEM SEM ENGANO
ITALO CALVINO Dito isso, prosseguimos, ora, com a poesia visual, assim:


POESIA VISUAL & MOVIMENTO: DAS PÁGINAS IMPRESSAS AOS MULTIMEIOS , INTERDISCIPLINARIDADE MÁXIMA!!!

A poesia midiática contemporânea- Pós-moderna- é a poesia do ler/ver/ouvir, é a (re)criação do poema concreto, com seu figurativismo lingüístico.

Em outras palavras, na pós-modernidade, difunde-se o poema concreto revigorado pela tecnologia, articulando-se, especialmente, a arte poética e a arte computacional.
Em tempo:
A expressão “Poesia Concreta” designa um dos vetores de força mais relevantes do sistema literário brasileiro ao longo de toda a segunda metade do século XX, com fortes elos de ligação com o movimento modernista de 22. Segundo Haroldo de Campos – um dos primeiros pensadores no campo do concretismo – com a necessidade do visual, o verso, medido ou livre, já não atenderia às necessidades da sensibilidade moderna, não passaria de um momento já obsoleto na “evolução crítica de formas”, cujo produto é a Poesia Concreta.
Falves, o Papa da Poesia Pop, Alexandro Gurgel


Ademais, sob o “imperativo da Globalização”, a supremacia da desterritorialização, o ciberespaço leva a poesia visual a todos os cantos do mundo_ “multiculturalismo, hibridismo” _ intercâmbio que enriquece e renova a poesia visual, livre dos limites do binômio tempo- espaço. Em síntese, a sociedade pós-moderna redefine noções de espaço e de tempo, de natural e de artificial, de real e de virtual; as novas dinâmicas espaço-temporais abolem fronteiras e lugares físicos, em nome dos espaços dos fluxos, potencializa-se o ciberespaço e ...


NO CIBERESPAÇO, A CIBERLITERATURA


‘A ciberliteratura recebe outras denominações, como:“geração automática de texto, literatura algoritmica, literatura generativa e texto virtual””

A CIBERLITERATURA compreende os hipertextos literários, o processo de leitura e escrita de poesias visuais

A Ciberliteratura é Ciberarte, ou seja, “a in-formação estética- e ética, por príncipios- que transita no ciberespaço
LJD

No século XXI, com a expansão da informática, criações literárias, poéticas espalham-se pela rede computacional. E a literatura é ressignificada, sobre uma nova noção de criação, cujo instrumento operacional é o computador.Nesse novo cenário, a poesia visual destaca-se na internet, um mundo novo fortemente informatizado está impregnado na vida e na arte de nosso tempo


Face a tantas transformações, a poesia visual revitaliza-se através de diversas manifestações, como: Ciberpoesia; Poesia Intersignos; Poesia Concreta; Poesia Neoconcreta; Poema-Objeto,. Poema-Processo,.. - rompem fronteiras, tornam-se mais públicas, democráticas, emergindo nos espaços extra-livros, figuram na internet. Poesias visuais disseminam-se nos muros, nas paredes das cidades, das aldeias, das vilas, ruas e ruelas, a poesia irrompe meio a paisagens, re-compondo cenários, modificando-lhes a estética, ressignificando conceitos, pré-conceitos; enfim, criações poéticas circulam pelo mundo afora . A poesia visual é o “ espetáculo multimédia’, “passando a intervir diferentes artes e habilidades”


Rubens Jardim homenageia o poeta Paulo Leminski, - transferência de um código verbal “Herrar é Umano” para um código visual “espetáculo da imagem”, uma “instalação da obra de arte”.


DO BERÇO DA POESIA VISUAL À CIBERLITERATURA

Os primórdios da poesia visual: “mais de três mil anos de poesia visual encontrada em varias culturas (Dick Higgins - 1984)

Simias de Rodes, que viveu no século III a.C, é, possivelmente, o primeiro autor de caligramas ( “poesia visual”)

Desde a Grécia Antiga, há registros da materialidade visual da poesia, encontrados poemas que exploram a visualidade, ou seja, o poema busca formar uma figura com a própria disposição das palavras; o desenho formado pelos signos verbais




O OVO, de Símias de Rodes - 325 a. C.)



O Ovo
Acolhe
da fêmea canora
este novo urdume que, animosa
Tirando-o de sob as asas maternas, o ruidoso
e mandou que, de metro de um sopé, crescesse em número
e seguiu de pronto, desde cima, o declive dos pés erradios
tão rápido nisso, quanto as pernas velozes dos filhotes de gamo
e faz vencer, impetuosos, as colinas no rastro da sua nutriz querida,
até que, de dentro do seu covil, uma fera cruel, ao eco do balido, pule
mãe, e lhes saia célere no encalço pelos montes boscosos recobertos de neve.
Assim também o renomado deus instiga os pés rápidos da canção a ritmos complexos.
do chão de pedra pronta a pegar alguma das crias descuidosas da mosqueada
balindo por montes de rico pasto e gruta de ninfas de fino tornozelo
que imortal desejo impele, precipites, para a ansiada teta da mãe
para bater, atrás deles, a vária e concorde ária das Piérides
até o auge de dez pés, respeitando a boa ordem dos ritmos,
arauto dos deuses, hermes, jogou-a à tribo dos mortais,
e pura, ela compôs na dor estrídula do parto.
do rouxinol dórico
benévolo.
(O OVO, de Símias de Rodes. Tradução de José Paulo Paes)

O mundo árabe é fértil também em exemplos de textos alegóricos organizados figurativamente. O “rabo do gato” de Lewis Carroll, e ainda os Caligramas de Apollinaire podem considerar-se igualmente figurações redundantes (o significante adquire disposição visual que coincide com o significado).

COM EFEITO, NO PERÍODO DENOMINADO BARROCO, O INÍCIO EFETIVO DE UM PERCURSO DA VISUALIDADE

A arte Barroca originou-se na Itália (séc. XVII) , mas logo foi para outros países da Europa , chegando também ao continente americano. O Barroco é Estilo comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz, grandiosa. No Brasil, esse movimento teve sua maior influência entre 1601 e 1768( Brasil Colonial) com os seguintes eventos marcantes: 1601: publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto;1768: publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel das Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil.

UM PARENTESES:
Falar do Barroco brasileiro (séc. XVII ao começo do séc. XVIII) exige falar dos seus dois maiores expoentes na literatura: Padre Antônio Vieira (1608-1697), que tem como sua maior obra o Sermão da Sexagésima, e Gregório de Matos (1623-1696), o "Boca do Inferno" . Gregório de Matos era um poeta eclético, polivalente, crítico contundente, finíssima ironia, transgessor, “subversivo mesmo”, opunha-se à igreja ( à Contra-reforma), à política “politicalha”, aos maus governos; em suma, Gregório de Matos ( baiano) viveu à frente de seu tempo, contestador eloquente; uma carga semântica muito forte marca os versos de Gregório de Matos que, com sua excepcional sensibilidade lexical, escreveu ( panfletou) todas as problemáticas de seu tempo- Brasil colonial

Neste ponto, convém recapitular: na literatura ocidental, desde a Antigüidade Clássica, registram-se exemplos esporádicos de exploração visual nos poemas. Mas é por volta de 1450, no Barroco, que se verifica o início efetivo de um percurso da visualidade; no barroco, sobressai o jogo do claro-escuro, tensões- contrastes - inerentes ao estilo barroco, respondendo pelo movimento –um movimento ligado à visualidade do poema barroco, assim:


Bento Teixeira (1560-1618), poeta brasileiro Barroco



ARTE E SOCIEDADE, UM BINÔMIO INDISSOCIÁVEL
Nesse resumido panorama da história da poesia visual, a evidência do permanente movimento da arte, “ a relação entre a sociedade e a arte, sobretudo pela possibilidade de ruptura e de desconstrução que ela pode desencadear através da experiência e da vivência, para o criador e para o público receptor”


Nos últimos anos do século XX e início do século XXI, com o mundo vivendo a grande revolução técnico-científica, irrompe a ciberliteratura, intensifica-se a articulação entre as diversas formas de linguagens, as quais o homem utiliza para fins comunicacionais, isto é, inclusão, socialização, Por esse viés, entendemos que a história da humanidade corresponde à história das (re) elaborações de linguagens. E essas linguagens repercutem no mundo, (re)transformando-o ; da mesma forma o mundo (re) transforma as linguagens


Assim, reverberando a interseção entre as comunicações e as artes, a ciberliteratura promovida pelo ciberespaço tem desdobramentos (quase) infinitos, favorecendo escritor e leitor. Para esse “novo leitor” abre-se a possibilidade (se não, o “dever”) de interagir com a obra, por vezes, uma interação tão intensa que se “defrontam”, revezam, autor e leitor. Essa e outras transformações ocorridas no terreno (quase) infinito do ciberespaço tem implicações no universo conceitual da literatura. Com efeito, nossas referencias com a materialidade do livro reformulam-se, porquanto a materialidade divide seu espaço com a virtualidade, da materialidade do livro impresso à imaterialidade do livro no ciberespaço


PELAS INFOVIAS DO CIBERESPAÇO ANDAM HIPERTEXTOS, LIVROS ELETRÔNICOS

O fluxo seqüencial do texto na tela [do computador], a continuidade que lhe é dada, o fato de que suas fronteiras não são mais tão radicalmente visíveis, como no livro que encerra, no interior de sua encadernação ou de sua capa, o texto que ele carrega, a possibilidade para o leitor de embaralhar, de entrecruzar, de reunir textos que são inscritos na mesma memória eletrônica: todos esses traços indicam que a revolução do livro eletrônico é uma revolução nas estruturas do suporte material do escrito assim como nas maneiras de ler.
A aventura do livro, Chartier, R.


NOTA:
Hipertexto- a palavra “hipertexto “ está sendo empregada , aqui, no sentido de “texto digitalizado e disponível em redes de computadores”


A palavra “ hipertexto” não se restringe ao universo midiático, pois sua existência- definição- é anterior às novas mídias: hipertexto pois faz parte da própria lógica humana do pensamento. cognições que surgem por conexões.


Michel Foucault, em seu livro Arqueologia do Saber, afirma que as fronteiras de um livro não são precisas, pois está envolto em um sistema de referências a outros livros, outros textos, outras sentenças: é um nó em uma rede... uma rede de referências.


(N) AVE PALAVRA... NÓS EM NÓS TODOS!!!

A REDE, OS FIOS, OS NÓS, AS TEIAS...DES-A-FIOS
Sem a pretensão de dar a essa postagem feição de artigo acadêmico,aqui, ficam à mostra os fios por tecer; então, não os deixe escapar, teça-os, prosseguindo com a rede, tecida individual e coletivamente.A rede se tece junto (Complexus: o que é tecido junto), ela será o resultado da qualidade das (inter) relações “de nós”, ora, então, busque aprofundar a reflexão que o hipertexto impõe à literatura contemporânea- e/ou pós-moderna – os des-a-fios do hipertexto, um novo paradigma — não excludente — indicando como a cultura impressa e a cultura digital coexistem e se afirmam pelas suas especificidades.magia e técnica

Os nós da rede são importantes, mas sempre serão resultantes das conexões estabelecidas entre si: o fortalecimento da rede será o resultado da qualidade das relações entre os nós. Por isso, dize-se que a biosfera é um sistema complexo (do latim – complexus: o que é tecido junto) e que para entender os sistemas vivos é necessário o pensamento complexo, de modo a se enxergar o conjunto, o todo, o sistema completo, a biosfera, a teia da vida.


OS LIVROS ELETRÔNICOS (E-BOOKS) E A LITERATURA CYBERPUNK QUE SE OFERECE, SEM ESQUECER TODA A TRAJETÓRIA DO LIVRO IMPRESSO

Mas isso já é assunto para outra postagem, sem a intenção de conclusão; outrossim, de fomentar discussões, reflexões, assegurando a continuidade do que aqui delineamos, para ser alinhavado por cada leitor, desperto para a palavra, para o mundo, em permanentes mo(vi)mentos


E, por ora,voltamos nosso pensamento ao fortalebimento de nosso desejo de que se faça pelo verbum bendito a tão almejada e alardeada divisão equitativa dos bens materiais, bens sociais, assim na na terra como no ciberespaço...: (N)AVE-PALAVRA

Do papiro ao pergaminho atè chegar ao livro impresso, que surge a partir da segunda metade do século XV, quando Guttemberg tornou-se percussor das modernidades técnicas gráficas.



ERA UM LIVRO GROSSO, MEU DEUS, ERA UM LIVRO PARA SE FICAR VIVENDO COM ELE, COMENDO-O, DORMINDO-O(...) ÀS VEZES SENTAVA-ME NA REDE, BALANÇANDO-ME COM O LIVRO ABERTO NO COLO, SEM TOCÁ-LO, EM ÊXTASE PURÍSSIMO
Felicidade Clandestina, Clarice Lispector

Livro: um objeto de culto, de uma felicidade que, no caso de uma personagem de Clarice Lispector, chega a ser tomado como “felicidade clandestina”, arrebatamento de um momento, de um acontecimento, de sentimento intimo: o narrador-personagem ressalta o prazer do objeto livro em substituição ao próprio prazer da leitura


Frente a essa deleitosa, voluptuosa ,"memória afetiva" em relação ao objeto-livro Descortinaram-se novos horizontes para uma discussão sobre o objeto-livro e o sujeito-leitor, trocas simbólicas, signos que constroem trilhas a serem perseguidas pelos leitores durante a leitura.


O conto Felicidade Clandestina pode ser concebido como um hino de amor a leitura, incluindo-se nesse amor o prazer físico da leitura, a alegria pela posse do livro, o gosto pela antecipação da leitura
Gilda Mello e Souzada


O título do conto“Felicidade Clandestina” é claramente justificado no desfecho, na última frase do conto, “possuir um livro que tinha dono”, algo que não lhe pertencia”: “Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante”


Em síntese, a predicação -o adjetivo- atribuído à felicidade, clandestina, contrapõe-se ao sentido habitual da palavra “felicidade”, causando um estranhamento no leitor, que deve , portanto, estar desperto , atento, ao chamado “metadiscurso”, para o processamento da significação pelo leitor, que deve ir além do verbete da palavra, da significação dicionarizada da palavra “felicidade”, relendo-a no contexto, no metatexto, inferindo um “contra-verbete”, caminhando do verbete para o contra-verbete da referida palavra, do significado que é estável e universal para o movimento, a dinâmica, da língua que se efetiva no discurso; é imprescindível interpenetrar no texto, nas suas entrelinhas, na direção do discurso do narrador ( nesse conto, em 1ª pessoa, narradora-personagem) ; a narradora polemiza: “A felicidade ia ser sempre clandestina para mim.”


Impresso ou eletrônico, trata-se de compreender o ato da leitura como uma interação dinâmica entre leitor e texto (escritor), envolvendo o tempo da escritura- leitura numa atmosfera de prazer e fruição , para atingir o branco-materializado ou não- da escrita, encontram-se escritor e leitor, na des-continuidade do “emoldurado em desenhos, em palavras, em linguagens e metalinguagens, silêncios elocutórios


ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER, EU OLHO, ASSUSTADO, PARA A PÁGINA BRANCA DE SUSTO
Mário Quintana

(...)NÃO VENHO DAR OS PARABÉNS A TI, MAS A MIM E A TODOS OS CONVIVAS DE TUA POESIA. IMAGINA QUE EM UMA GALÁXIA ESTEJAM REPRODUZIDAS TODAS AS FORMAS TERRESTRES – A ANTIMATÉRIA DE QUE FALAM ESTES DESCABELADOS ROMÂNTICOS DA REALIDADE, OS FÍSICOS MODERNOS. A TUA CONTRA-IMAGEM SE ACHA NESSE ESPAÇO INCERTO DO COSMO E VAI REPETINDO DE CERTO MODO OS TEUS GESTOS TERRESTRES. QUERO DIZER-TE O SEGUINTE: A TUA POESIA ME PARECE UMA TENTATIVA DE REPRODUÇÃO DA ANTI-MATÉRIA, DA TUA CONTRA-IMAGEM, DO TEU RETRATO CÓSMICO. (...) OS OBJETOS QUE TE IMPRESSIONAM SÃO COMUNS: A CANETA COM QUE ESCREVES, OS TELHADOS, AS TABULETAS, A VITRINE DO BRIQUE. TEUS ANIMAIS SÃO OS PRÓXIMOS DO HOMEM: O BOI, CAVALO. AS SENSAÇÕES QUE TE FAZEM PULSAR SÃO AS MAIS COTIDIANAS: COMO A DE UM GOLE D’ÁGUA BEBIDO NO ESCURO. OS SONS QUE TE EMPOLGAM SÃO OS RITORNELOS DE INFÂNCIA OU FUNDO SUSPIRO QUE SE SOME NO RALO MISTERIOSO DA PIA. OS MITOS QUE TE ASSOMBRAM SÃO OS MAIS FAMILIARES: ANJO DA GUARDA, MENINO JESUS, FRANKESTEIN...
CARTA PARA MÁRIO QUINTANA, ESCRITA POR PAULO MENDES CAMPOS, QUANDO QUINTANA COMPLETOU 60 ANOS EM 30 DE JULHO DE 1966
LJD

POESIA DE ALAN RIVEL

LEGO, POESIA DOS IRMÃOS CAMPOS




CIgarra, MARCELO SAHAR

MULHER,  ALICE RUIZ














A PALAVRA É CAPAZ DE REGISTRAR AS FASES TRANSITÓRIAS MAIS ÍNTIMAS, MAIS EFÊMERAS DAS MUDANÇAS SOCIAIS
BAKHTIN


NO PRINCÍPIO, TODOS VIVIAM EM COMUNIDADE E SOLIDARIEDADE. ESTAVAM TÃO INTEGRADOS E ORGANIZADOS, QUE DECIDIRAM CONSTRUIR A TORRE DE BABEL. QUERIAM DESENVOLVER AINDA MAIS A COMUNHÃO E A COMUNICAÇÃO, REALIZANDO A UTOPIA DA TRANSPARÊNCIA, INTEGRANDO SINGULARIDADE E UNIVERSALIDADE. O CÉU, OU DEUS, ERA A METÁFORA DA UNIVERSALIDADE ESCONDIDA EM CADA UM E TODOS. DE REPENTE, TUDO DE CONFUNDE, TODOS SE DESENTENDEM. EMBARALHAM-SE AS ESTAÇÕES, OS DIAS E NOITES, O DITO E A DESDITA
IANNI

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