domingo, 8 de julho de 2012

ENTRE-LAÇOS E NOS: RESPONSABILIDADES ÉTICO-SOCIAIS



  POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO

ESCOLA & SOCIEDADE; LAÇOS E NOS


“A cidadania é historicamente um atributo político e cultural que pouco ou nada tem a ver com uma democracia substantiva ou com a democracia comprometida com a transformação social”

 E, nesse tom e mote, veio-me  à memória as palavras de  Jacques Derrida, sublinhando algumas de suas palavras  que nos dizem da “hospitalidade, da cordialidade, da empatia e sinergia, contributos da “hospitalidade comercial”, bem à semelhança da “hospitalidade  doméstica”

 Jaques Derrida:
-Compartilho com outros a preocupação com a hospitalidade e as notícias sobre o drama dos estrangeiros, dos imigrados, dos exilados. Tento pensar uma hospitalidade incondicional que não esteja ligada à cidadania. Existem leis da hospitalidade ligadas à cidadania; Kant, por exemplo, quando fala do tratado da paz universal, pensa numa hospitalidade de cidadão para cidadão. Mas hoje devemos nos preocupar com pessoas que são lançadas fora de seus países, sem cidadania, e que não são respeitadas como cidadãos. É preciso pensar numa hospitalidade não mais voltada somente para cidadãos, porém que se dirija a qualquer um. Evidentemente o que acabo de dizer da ética e da política vale, por excelência, nas relações com o estrangeiro, o imigrado, o exilado etc. Todos os que, desde pelo menos a primeira guerra mundial, foram lançados na estrada do mundo: milhões de deportados, pessoas deslocadas, imigradas à força. Há pessoas sem estatuto... Sem documento..., sem estatuto político, sem identidade nacional. Claro que quando falo de uma solidariedade internacional que não seja simplesmente cosmopolítica, ou somente a aliança entre os cidadãos do mundo, penso com certeza nessas pessoas. ...

O sucesso internacional da “desconstrução” seria contraditório com relação a um certo papel de anticonformismo (político, epistemológico, institucional) das estratégias desconstrutoras?

[JD
] Eu seria muito prudente com relação a falar de “sucesso internacional da desconstrução”. Por certo a palavra desconstrução tem uma espécie de crédito internacional, fala-se dela um pouco em toda parte no mundo... Não exageremos: um pouco em toda parte nas universidades, em certos meios acadêmicos, literários. Mas não existe sucesso internacional, não devemos exagerar. Então isso não me parece contraditório com o anticonformismo. A desconstrução, por um lado, somente é conhecida com esse nome em pequenos meios universitários, urbanos e literários; por outro lado, mesmo nesses meios existe uma guerra furiosa, por meio da qual se combate a desconstrução. Ela é alvo de verdadeiras cruzadas, de ódio. Não creio que haja sucesso, assim não vejo contradição.

EVANDO NASCIMENTO é Professor Adjunto na Universidade Federal de Juiz de Fora e autor do livro Derrida e a literatura (EdUFF, 2a. ed., 2001), co-organizador de Em Torno de Jacques Derrida (7Letras, 2000) e Poesia Hoje (EdUFF, 1998).
E-mail:
ebn12@bol.com.br


 LAÇO E O ABRAÇO
Mário Quintana

 Meu Deus! Como é engraçado!

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

 É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma- ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.

Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,

deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço

de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum

pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!


O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha»

Jorge Amado

Pessoas são pessoas através de outras pessoas
Ditado shosa- língua materna de Nelson Mandela


A epígrafe acima é verdade irrefutável, O lema é: umpor todos, todos por um. “É a idéia de totalidade que domina”(CHABAL)



Isto posto, re- faço meus laços, deixando abraços para meus companheiros de ofício e profissão, professores-educadores, empreendedores de um novo mundo possível, laços e abraços...
Lúcia Duarte




Um comentário:

  1. Olá, meninos e meninas!!!

    Não esqueçam que a culminância do nosso PAP2 é hoje!

    "Vai pintar um clima" - Meio Ambiente e o sertão de Luiz Gonzaga.

    Um abraço a todos.

    Professora Jéssica Padilha

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