DOI,
DOR TERRÍVEL E INDISCRITIVELMENTE, DOLORIDA, A CONSCIÊNCIA DA NOSSA EFEMERIDADE
O que acontece é que não aguentamos o peso da consciência.
Gabriel
García Marquez
Gabriel García Márquez (6 de março de 1927- 17 de
abril de 2014) Morreu o escritor colombiano Gabriel García Márquez, aos 87 anos
Autor de ‘Cem Anos de Solidão’ e ‘O Amor nos Tempos do
Cólera’, escritor colombiano é aclamado como um dos mais importantes do século
XX.
Cem anos de solidão (1967) -Obra-prima –
No início dos anos 60. a necessidade de
escrever sobre suas origens voltou a incomodar o escritor.
Em 1968, é lançada sua obra-prima, o livro Cem Anos de Solidão.
Márquez disse que a obra demorou dezenove anos para ser feita, entre o
idealizar da história e sua concretização. Para se dedicar inteiramente à
ideia, o escritor empenhou seu carro, esperando que o dinheiro durasse seis
meses, período calculado por ele para escrever o livro. No fim, ele demorou um
ano e meio escrevendo. Enquanto isso, sua esposa segurou as pontas das finanças
na família e se encarregava até mesmo de trazer com frequência as folhas de
papel em que o marido trabalhava.
A década de 1970 foi o período de maior atividade política
do escritor, quando ele anunciou que não voltaria a publicar obras de ficção
até que Augusto Pinochet deixasse o poder no Chile. Ele também se dedicou a
escrever artigos jornalísticos.
Cem anos de solidão é considerado, ao lado de “Dom Quixote”, de
Miguel de Cervantes, um dos livros mais importantes da literatura em língua
espanhola. Foi traduzido para 35 idiomas. Exemplo máximo do realismo fantástico
– gênero característico do boom latino-americano da segunda metade do século XX
–, “Cem anos de solidão” se passa na fictícia aldeia de Macondo e acompanha, ao
longo de gerações, a saga da família Buendía.
Gabriel García Márquez é considerado
um dos mais importantes escritores do século 20 e um dos mais renomados autores
latinos da história, Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em
Aracataca, na Colômbia. Chegou a estudar direito e ciências políticas na
Universidade Nacional da Colômbia, mas não concluiu o curso, preferindo iniciar
carreira no jornalismo.
Especialista em observar o comportamento humano, Gabo
(apelido carinhoso de Gabriel
García Márquez ) é responsável pela criação de personagens com
extrema sensibilidade e características humanas inseridas em um realismo
fantástico que inspirou escritores como o brasileiro Dias Gomes, morto em 1999
Entre seus títulos mais conhecidos estão "A incrível e triste história de Cândida
Eréndira e sua avó desalmada", "O outono do patriarca",
"Crônica de uma morte anunciada", "O amor nos tempos do
cólera", "Do amor e outros demônios" e "Memórias de minhas
putas tristes" dentre outras obras de arte, também publicou o livro de
relatos Doces Contos Peregrinos, uma grande reportagem, Notícia de um Sequestro
e suas memórias, Viver para Contar, em 2002..
Em 1982, ele ganhou o prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua
obra.
Gabriel
García Márquez foi o gênio do realismo fantástico latino-americano
Aqui, ora, ficamos com alguns
dos memoráveis pensamentos de Gabriel García Márquez:
_O segredo de uma velhice agradável
consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão.
_Não se é de parte nenhuma enquanto
não se tem um morto debaixo da terra.
_Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o
mundo não são os amores felizes mas os contrariados.
(Trecho do livro Memórias de Minhas Putas Tristes)
_Não passes o tempo com alguém que não
esteja disposto a passá-lo contigo
_Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu.
_A idade não é a realidade salva no mundo físico.
A essência de um ser humano resiste ao passar do tempo.
As nossas vidas são eternas, o que significa que os nossos espíritos continuam
a ser tão jovens e vigorosos como quando éramos jovens. Pensa no amor como um
estado de graça...não é um meio para nada, mas sim o alfa e o ómega.
Um fim em si mesmo.
_Só quero na minha vida gente que
transpire adrenalina de alguma forma.
_Tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na
frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de
amor.
(DES) COBRIR (-SE); DESVARIOS
DO SER, DES-ACERTOS...
Descobri
que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada
palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas,
pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a
desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e
sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir
minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou
desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às
minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco
me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma
e sim um signo do zodíaco.
Gabriel
García Marquez