terça-feira, 22 de junho de 2010

Rachel de Queiroz, O sertão pulsante da cidadania brasileira

RACHEL DE QUEIROZ





2010, ano do centenário de nascimento de Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE - no dia 17 de novembro de 1910- símbolo das conquistas da mulher brasileira

Em 1925, aos 15 anos de idade, Formou-se em professora

Em 1926, aos dezesseis anos, ingressa , como colaboradora, no jornalismo, ganhando notoriedade, manteve –se presente no jornalismo até sua morte, carreira paralela a de escritora

Em 1930, em seu livro de estréia, "O Quinze" , obra que lhe deu o prêmio Graça Aranha com a publicação, Rachel de Queiroz dá seu testemunho sobre as desigualdades sociais e regionais marcadas pelo sofrimento e abandono do homem e da mulher do sertão ao flagelo da seca; obra escrita sob influência das repercussões da Semana de Arte moderna.

Em 1928-1929, Começa a se interessar por política social

Em 1928-1929, ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando logo em seguida o primeiro núcleo do Partido Comunista, ajudou a fundar o PC cearense; rompe com o partido,que “censurou” seu segundo romance, "João Miguel"

Em 1932, casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira
Com a decretação do Estado Novo, seus livros são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos.


Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o RioEm 1940 conhece médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até a morte do marido, em 1982

Em 1953, sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953

Em 1957, recebe, da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra

Em 1966, participou da 21ª Sessão da Assembléia Geral da ONU, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem

Em 1967, passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, e lá permanece até 1985

Em 1969, estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico"

Em 1977, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras

Em 1981, com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina"

Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca PatoEm 1995, Inicia seu livro de memórias escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos”Em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista, pelo conjunto de sua obra

Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza. Em 06-12-2000, Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.

No dia 04-11-2003, faleceu, dormindo em sua rede, na cidade do Rio de Janeiro.

FALARES DE RACHEL DE QUEIROZ
  • “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.“Eu sou professora. É o único curso que fiz, no Colégio da Imaculada Conceição, de Fortaleza. No resto, eu sou franco-atiradora, fui aprendendo com a vida e comigo mesma. "
  • “Eu aprendi a ler com cinco anos de idade. De lá pra cá, não parei mais. Eu desembestei e estou assim até hoje. Mamãe ia selecionando o que achava melhor. Mas, de maneira geral, eu era onívora.”
  • “Quando fui presa por motivo político. O jornal católico de Fortaleza se escandalizou porque papai e mamãe foram me visitar na prisão. E quando me viram toda heróica, toda Joana d'Arc, eles começaram a rir.”
  • “Eu sempre fui espírito de porco, sempre do contra. Sou da família daquele cara que disse: "Há governo, sou contra."
  • “A Academia é um clube de escritores. Os acadêmicos são, na verdade, velhos conhecidos. Não há disputas, não há inimigos lá dentro. Nós somos, na maioria, amigos. Nos reunimos uma vez por semana e discutimos os livros recém-publicados e os nossos projetos.”
  • “ O cinema brasileiro é difícil, não é uma indústria com capital. O entusiasta começa a fazer, juntando dinheiro, juntando gente. É um esforço pessoal”

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