Hoje, 31 de dezembro de 2011, o alvoroço n’alma, o corpo todo re-vigora, pensa e con-sente , depositário de marcas e de sinais do tempo, anseia o novo (re) começar, crendo na felicidade, que não foi embora, você é que a fez esmorecer; lembre-se que o corpo é o organismo atravessado por todas as experiências vividas, pela inteligência e pelo desejo.
Não há corpo saudável sem prazer, assim como não há prazer sem corpo saudável; por isso, é preciso cuidar do corpo, amando e respeitando-o, para que ele “seja uma festa”, consigo mesmo e com o outro; afinal, sem o outro, o corpo não faz sentidos, é com o outro que se faz a grande festa, divina, de corpos e almas apaixonantes e apaixonados, festa maravilhosamente bela
Destarte, o C. E. Jose Marti deseja que você sacie o seu corpo e a sua alma de amor, de onde brotam o feijão e o sonho, a festa, re- começando o ano de 2012
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade.
PASSAGEM DO ANO
O último dia do ano não é o último dia do tempo.
Outros dias virão e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações de aniversário,
formatura, promoção, glória,
doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos do lobo, na solidão.
O último dia do tempo não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou,
outras espreitam a morte, mas estás vivo.
Ainda uma vez estás vivo, e de copo na mão esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles... e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gesto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca, lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia. Carlos Drummond de Andrade
O último dia do ano não é o último dia do tempo.
Outros dias virão e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações de aniversário,
formatura, promoção, glória,
doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos do lobo, na solidão.
O último dia do tempo não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou,
outras espreitam a morte, mas estás vivo.
Ainda uma vez estás vivo, e de copo na mão esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles... e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gesto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca, lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia. Carlos Drummond de Andrade
É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela
Divertir os outros, um dos modos mais emocionantes de existir
LÚCIA DUARTE
A DIREÇÃO DO C E JOSE MARTI, A ESCOLA-DA-NOITE, ILUMINANDO AS NOITES DE NOSSA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO, 31 DE DEZEMBRO DE 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário