quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A ANGÚSTIA IN-TOLERADA...O OUÇO (NÃO) COM-PORTA...(IN) FELICIDADE

C. E. JOSE MARTI: 3º CONSELHO DE CLASSE/ 2012: DIA 8 DE OUTUBRO


   GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO                                                                                                    
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA REGIONAL METROPOLITANA III                               
COLÉGIO ESTADUAL JOSE MARTI –U.E.  33069948  -  U.A. 181731
  E-mail: colegioestadualjosemarti@gmail.com      BLOG:http://cejosemarti.blogspot.com

                                           DO COLÉGIO ESTADUAL JOSE MARTI

3º CONSELHO DE CLASSE DE 2012, EM 08 DE OUTUBRO DE 2012

©  Texto  dinamizador, sinergético: o entendimento das contingências
como constitutivas do ato de educar (-se)

      Todos os professores tentam se diferenciar dos demais quanto ao seu trabalho
 com os alunos. E cada um deles tem angústias diferentes das dos
demais. Tal singularidade é uma síntese de vivências psíquicas absolutamente
originais e exclusivas de determinado sujeito com os aspectos de uma instituição
 e de uma realidade profissional que modulam, dão forma e palavra a tais
experiências(...) A angústia depende da relação do professor com a profissão,
com os alunos e, principalmente, consigo próprio(...) O sentimento de perda
de autoridade pode significar duas coisas para o professor: pode significar
uma projeção por parte do professor no aluno, fazendo com que esse
aluno se torne ameaçador para o professor. Ao projetar seus próprios
impulsos agressivos no aluno, passa a vê-lo como alguém que vai desafiá-lo
na tentativa de humilhá-lo, pode ver a indisciplina como um ataque por parte
do aluno, uma ameaça a sua autoridade em sala de aula(... )Pode significar
 também o fracasso do ideal de professor(...) Ao sentir a perda de autoridade,
nota que não consegue corresponder a esse ideal e se angustia(... ) Cada professor
sente a angústia de uma maneira, cada um deles tem uma relação diferente
com os alunos. O que é indisciplina para um professor, não necessariamente o
é para outro, e é assim também com o sentimento de perda de autoridade.
 Vai depender de como o professor interpreta o comportamento do aluno,
do que construiu, ao longo de sua vida psíquica e profissional, como o ideal
 de respeito e profissionalismo, entre outros(... ),sem desconsiderar nem
minimizar os efeitos dos mecanismos sociais que submetem, objetivamente,
o professor a situações de perda de autoridade(...) O professor precisa saber que
 pode ter sentimentos negativos ou destrutivos em relação a seus alunos, e que é
preciso reconhecer esses sentimentos, pois, negando-os não consegue lidar com
 o que sente e não permite que o aluno também tenha sentimentos negativos.
 O aluno não pode odiar em um ambiente sentimental, pois não suportaria seu
 sentimento de culpa. Mas, o ódio é algo que sempre vai existir na relação
professor-aluno. Portanto, num ambiente de sentimentalismo o aluno teria que
lidar com o que sente e com a culpa, ou passar a negar seus sentimentos.
Se o professor puder reconhecer seu sentimento e, em alguns momentos,
quando necessário, expressá-lo para o aluno, tanto o professor, como o aluno
e toda a sala poderão lidar melhor com esse sentimento que está presente
em toda relação humana.

     A angústia está e sempre estará presente [na escola], pois é originária ao ser
 humano, por resultar da incompletude e do desamparo do indivíduo. Mas mesmo
que fosse possível, não deveria ser excluída da relação professor-aluno. A angústia
 não pode ser eliminada da escola. A angústia não deve ser excessiva, pois
 prejudica a capacidade de pensar.Quando tolerada, faz o professor se
 perguntar, estudar, fazer novos cursos. Faz com que o professor procure caminhos
que façam com que ele construa permanentemente seu papel. A angústia pode
mover o professor para que pense em alternativas de trabalho para ajudar os
alunos. Nesse sentido, sua angústia é muito saudável e positiva, faz com
que se preocupe, levando-a a pensar não somente no aluno, como na sala de
aula e como também nele próprio . Ao ser  tolerada, a angústia torna-se de
grande importância para a realização do trabalho, pois é por sentir essa angústia
 que o professor pode se preocupar, questionar-se,pensar sobre o problema e
tentar encontrar caminhos para resolvê-los. Mas é necessário acolher essa angústia
 dos professores(...) Em uma mesa-redonda, realizada em novembro de 2008,
 na USP, Leny Magalhães Mrech afirmou sobre a escuta do professor : “ Não é
possível determinar o alcance da escuta. Mas que na análise das práticas há
mudança nas práticas, que não é só escuta e acolhimento.”

           Pensar e falar sobre “as coisas boas de ser professor” é outra forma de lidar
       com a     angústia

        Oyama, Daniela Kitawa. A angústia do professor diante do aluno : Universidade Estadual de Campinas.
 Faculdade de Educação                     
 
                                                                 Cordial e respeitosamente                                              
 
Lucia J. Duarte
                                                                      
A DIREÇÃO DO C. E.. JOSE MARTI
 

 

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