segunda-feira, 20 de setembro de 2010

REVOLUÇÃO FARROUPILHA: OS DES-ENREDAMENTOS DE UMA IM-POSSÍVEL "EPOPEIA GAUCHA"

Revolução Farroupilha , tchê !


Os ideais libertários, igualitários, “separatistas”, as charqueadas, carta de Bento Gonçalves, Bento Manuel Ribeiro , Onofre Pires , Diogo Feijó, José de Araújo Ribeiro, Davi Canabarro, os líderes Bento Gonçallves da Silva, Giuseppe Garibaldi,... guerrilha terrestre, guerrilha náutica ,barcos farroupilhas ( lanchões) e marinha imperial, a proclamação da República Juliana, período pós-independência, pré-república e sua consolidação.


20 de setembro - declaração de independência da província como estado republicano; República Rio-Grandense , que se estendeu de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.


O estopim para esta rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).

Com a abdicação de D.Pedro I, a 7 de abril de 1831, começava no Brasil um dos momentos mais conturbados de sua História Política – o Período Regencial. Durante esse período por diversas vezes e diferentes regiões esteve ameaçada a integridade territorial brasileira. Em 1835, os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região.

Originalmente não tinha caráter separatista. Influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas, absorvendo os ideais republicanos da
Revolução Francesa (1789)


Entre as causas apontadas também situa-se o descaso administrativo do governo central para com a Província do Rio Grande do Sul, que conforme manifesto de seu líder, Bento Gonçallves da Silva, era apenas visto como fornecedor de soldados para defenderem as fronteiras brasileiras.

Com o crescimento econômico da região não previsto pelo império, devido a industrialização da carne salgada (charque), que era dado a consumo dos escravos no nordeste e sudeste do Brasil ( mineração, canaviais e café } e no Caribe (canaviais de Cuba) formou-se o lastro para o aprofundamento das divergências. O Brasil mantinha pesados impostos sobre a produção pecuária riograndense, gravando o charque, couro e a propriedade produtiva. , e desonerava as importações de charque do Uruguai e Argentina.



Este foi o conflito armado de mais longa duração na História do Brasil. As características de manter território definido, cunhar moedas próprias e estabelecer hierarquia administrativa própria (presidente da República e ministérios) o descaracteriza como rebelião, alçando-o a guerra civil, com a proclamação da República riograndense. Sua economia manteve-se graças a exportação de charque e couro e as conexões que mantinha com os hoje territórios das repúblicas do Uruguai e Argentina podendo suprir as suas forças por mais tempo



A revolução farroupilha recebeu inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália




1ª metade do século XIX, muitos movimentos liberais ocorreram no brasil, e “farroupilhas foi um desses movimentos, um dos maiores conflitos internos por que opassou nosso país, ou melhor, “ império brasileiro”


Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecido o conflito entre sul-rio-grandenses republicanos e o governo imperial, e que resultou na declaração de independência do Rio Grande do Sul, dando origem à República Rio-Grandense. Durou de 1835 a 1845


Os revoltosos sul-riograndenses foram alcunhados pejorativamente de Farrapos ou Farroupilhas; seus oponentes- imperiais - eram chamados de “caramurus”


O nome “Farroupilha” não se originou do fato dos revolucionários andarem “em farrapos”– o termo já existia anos antes de eclodir a revolução; termo considerado originalmente pejorativo, já utilizado pelo menos uma década antes da Guerra dos Farrapos para designar os sul-riograndenses vinculados ao Partido Liberal, oposicionistas e radicais ao governo central, destacando-se os chamados jurujubas. O termo, oriundo do parlamento, com o tempo foi adotado pelos próprios revolucionários, de forma semelhante a que ocorreu com os sans-cullotes à época da Revolução Francesa. Seus oponentes imperiais eram por eles chamados de caramurus ou camelos[6], termo jocoso em geral aplicado aos membros do Partido Restaurador no Parlamento Imperial.


A revolução Farroupilha só foi contida a partir de 1842, por meio da ação militar de Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias. Além da ação militar, Caxias procurou entrar em acordo com os líderes farroupilhas. No dia 1º. De março de 1845, já durante o Segundo Reinado, celebrou-se o acordo de paz entre as tropas imperiais (comandadas por Caxias) e as forças farroupilhas




  • Na Itália, muitos anos depois, no auge de sua fama, assim manifestou-se Garibaldi acerca de seus companheiros da Revolução Farroupilha.


“E, repassando na memória as vicissitudes da minha vida no vosso meio, em seis anos de guerra e de constante prática de ações magnânimas, como que em delírio exclamo: Onde estão estes belicosos filhos do Continente (Rio Grande do Sul), tão majestosamente intrépidos nos combates? Onde estão Bento Gonçalves, Antônio Neto, Davi Canabarro, Joaquim Teixeira Nunes e outros tantos lanceiros farrapos que não me lembro! Que o Rio Grande ateste, com uma modesta lápide, o sítio em que descansam seus ossos. E vossas belíssimas patrícias (a mulher gaúcha) cubram de flores este santuário de suas glórias.”

Tertúlia
Os Serranos; composição: Leonardo

Uma chamarra uma fogueira

Uma chinoca uma chaleira

Uma saudade, um mate amargo

E a peonada repassando o trago

Noite cheirando a querência

Nas tertúlias do meu pago.

Tertúlia é o eco das vozes perdidas no campo afora

Cantiga brotando livre novo prenúncio de aurora

É rima sem compromisso julgamento ou castração

Onde se marca o compasso no bater do coração.

É o batismo dos sem nome rodeio dos desgarrados

Grito de alerta do pampa tribuna de injustiçados

Tertúlia é o canpo sonoro sem fronteira ou aramados

Onde o violão e o poeta podem chorar abraçados.

tertúlia s. f.
1. Reunião familiar.
2. Assembleia literária.
3. Agrupamento de amigos.
4. Gír. Embriaguez.




Nenhum comentário:

Postar um comentário